top of page
Buscar
Foto do escritorAline Brettas

Setembro de 2023: muita coisa para contar

Atualizado: 5 de dez. de 2023

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2023


No último setembro, finalmente retornamos à Europa, após 11 anos. Estivemos em duas cidades portuguesas – Lisboa e Óbidos – e Londres. É muita coisa pra contar, mas não dá pra contar tudo, he he he.


Para começo de conversa: Lisboa


A cidade foi uma grata surpresa! Creio que tivemos sorte na localização da nossa hospedagem, pois ficamos próximos às áreas históricas do Chiado, Bairro Alto, Alfama e Centro de Lisboa. Fiquei encantada com a arquitetura e os traçados das ruas, onde me senti em uma mistura de cidades históricas mineiras e Rio de Janeiro. Ou seja, me encontrei!


Fizemos alguns passeios turísticos de praxe, como o de barco pelo Rio Tejo, a visita ao Castelo de São Jorge e ao Mercado da Ribeira. Passamos um dia no Museu Calouste Gulbenkian, não tão famoso quanto os museus franceses e ingleses, mas abriga um esplêndido acervo, com obras do Egito Antigo, do Mundo Islâmico, da China e do Japão, artes decorativas francesas e pinturas dos mestres Rembrandt, Rubens, Monet, Renoir, Manet, Degas e Turner.


Foto: acervo pessoal.


Realizei meu sonho de conhecer a livraria considerada a mais antiga do mundo – Bertrand – fundada em 1732, onde comprei alguns livros que vieram com o carimbo “este livro foi comprado na livraria mais antiga do mundo”. Saí toda feliz! Se é a mais antiga mesmo, eu não sei, pois este mundo vai bem além das fronteiras europeias. Mas, com certeza, é uma grande e rica livraria, com o mérito de se manter por tantos séculos.


Foto: acervo pessoal.


Fomos surpreendidos com a riqueza arqueológica do Museu do Carmo. E amamos nos perder nas ruas comerciais de Chiado e nas boêmias de Alfama, onde desfrutamos de uma belíssima apresentação de fado. E ainda por cima, presenciamos o show de jazz do Woody Allen e banda, tocando músicas divertidíssimas dos anos 1920!


Em cena: Óbidos


Para quem não conhece ou ouviu falar, Óbidos é uma pequena vila que fica cerca de uma hora de Lisboa. É cercada por uma imensa muralha e abriga um castelo, sendo considerada medieval. Reconhecida pela Unesco como Cidade Literária, pois espaços abandonados, inclusive uma igreja, foram transformadas em livrarias. Além disso, há eventos anuais, como feiras literárias e musicais. Por essas características, fomos atraídos e passamos dois dias lá.


Foto: acervo pessoal.


A cidade é uma graça, com um belo casario. Do alto da muralha dá pra fazer boas caminhadas (para quem tem coragem, o que não é o meu caso). O comércio fica concentrado na Rua Direita, com lojas de souvenirs e artesanatos, restaurantes e bancas que vendem a famosa ginjinha, bebida saborosa e adocicada que lembra o licor.


Confesso que tínhamos mais expectativas. As livrarias nos pareceram mais pontos turísticos, por onde as pessoas passam com curiosidade, mas não interessadas em ver ou comprar os livros. Propaga-se que é uma cidade medieval, por conta da antiguidade da sua origem, do castelo e da muralha, mas as edificações que conhecemos remontam o século XVI.


Tivemos ótimas experiências no Festival de Ópera, onde conseguimos ingressos em última hora, por empenho da equipe de produção. E ainda conhecemos o Jardim Oriental Bacalhôa Buddha Eden, uma imensa área que abriga imagens de Buda e divindades indianas, além de obras contemporâneas. E lá ainda vivenciamos uma grande aventura, pois voltamos de carona com uma brasileira e seu namorado azerbaijanês.


O ponto alto foi encontrarmos, quase que por acaso, o Bar do Américo, onde fomos muito bem recebidos pelo dono, um português extremamente simpático, que nos contou que o lugar está na família há gerações, e todos fazem questão de preservar tudo – áreas externa e interna, mobiliário – da mesma forma de quando começou a funcionar, no século XIX.


Foto: acervo pessoal.


Algumas observações sobre Portugal


Devido as notícias que vemos nos jornais, nos últimos tempos, estava com receio de sofrer preconceitos por parte dos portugueses. Porém, ao menos como turistas, fomos bem recebidos. Os jovens são mais receptivos, os mais velhos, fechados. E claro, encontramos muitos brasileiros. Não tivemos do que reclamar.


Houve uma experiência nada agradável no aeroporto, ao fim da estadia no país, mas os aeroportos europeus não costumam ser acolhedores, pelo contrário. Contudo, nada que atrapalhasse a viagem, os pontos positivos superaram e muito o tal “incidente”.


A segurança, ao menos por onde passamos, também é bem confortante. Encontramos pessoas, principalmente jovens, andando nas ruas de madrugada, sem nenhuma complicação.


Foto: acervo pessoal.


A comida é muito boa, e ainda saudável! Peixes, legumes, as batatas estão sempre presentes nos cardápios. Aprendi a gostar de bacalhau! Tudo regado no azeite! E o pastel de Belém, ah, que tentação!


Essa história ainda não acabou. Mas continuarei na próxima semana.

46 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Coroona

Comments


Post: Blog2_Post
bottom of page