Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2022
Na primeira quinzena de agosto de 2022, eu e Alessandro estivemos na Colômbia, em uma viagem marcante, que superou todas as nossas (boas) expectativas! Como passamos por três cidades, resolvi publicá-la em partes. Não existem séries de TV? Por que não crônicas em série, rsrs?
Começamos pela capital, Bogotá, onde permanecemos por cinco dias, em um período bastante frio. Adorei a cidade! O que muito me agradou foi o fato de nos hospedarmos na área próxima à La Candelaria, onde fica o centro histórico da cidade, que abriga um casario especial, equipamentos culturais, cafés e restaurantes. Ou seja, estava no meu habitat!
La Candelaria. Foto: acervo pessoal.
No primeiro dia, já tivemos o privilégio de visitar o Museu Botero, parte de um complexo museológico que contempla também o Museu de Arte Miguel Urrutia (MAMU) e a Casa da Moeda (esta, temporariamente fechada). Maravilhoso, expõe principalmente obras de Fernando Botero, mas também de outros artistas(doadas por ele), sediado em uma belíssima e muito bem preservada edificação. Me chamou a atenção o fato de Botero ser tão valorizado no país, inclusive encontramos suas produções nas outras cidades que visitamos: Medellín e Cartagena das Índias.
Museu Botero. Foto: acervo pessoal.
Não pretendo me estender aqui, detalhando todo o nosso roteiro. Em Bogotá, conhecemos ainda o Museu do Ouro e o Centro Cultural Gabriel Garcia Márquez, com uma livraria que me lembra o paraíso de Jorge Luis Borges; e lugares turísticos incríveis, como a Catedral do Sal (que fica em Zipaquirá) e o Cerro Monserrate, cujo topo abriga a Basília do Senhor de Monserrate. Colômbia é um país muito religioso, nesse último espaço me deparei com uma fiel caminhando de joelhos em direçãoao altar. Precisamos admitir, a Companha de Jesus foi um empreendimento eficiente e muito bem sucedido nas Américas do lado de cá… Em todos os locais, apreciei a organização da recepção e atendimento dos visitantes. Para subir ao Cerro Monserrate, por exemplo, usamos o elevador funicular: a fila estava enorme, mas havia um cartaz dizendo que o tempo máximo de permanência era de 25 minutos. E foi isso mesmo, talvez até menos!
Também vivemos nossos momentos profanos na cidade, em um bar muito divertido, com narguilês em todas as mesas, e no badaladíssimo Andrés Carne de Res, um espaço que é bar, restaurante, boate, com decorações que aludem ao Kitsch e ao Barroco, com a maior cozinha que já vi na vida! E onde, claro, dançamos o reggaeton!
Foi ainda em Bogotá que experimentamos a culinária colombiana, muito rica e variada. Saboreamos as arepas, os patacóns, o ajiaco, o sancocho e outros pratos. Uma farta quantidade de proteínas – bovinos, suínos, ovinos e frutos do mar; legumes, verduras, frutas, com destaque para o abacate, leguminosas; e carboidratos deliciosos, como o arroz de coco. A comida é boa, e pouquíssimo difundida no Brasil (alô, empreendedores do ramo gastronômico!).
Sancocho. Foto: acervo pessoal.
Há uma constante preocupação com a segurança. Fomos revistados para entrar em vários lugares. Ainda é uma cidade que apresenta áreas perigosas, andamos em ruas escuras e ermas. Felizmente, não passamos por nenhuma perturbação. Quanto ao trânsito, muito confuso, achei os condutores bem estressadinhos! Mas, de resto, fomos muito bem atendidos, os bogotanos demonstraram uma educação ímpar!
Com certeza, não deu para conhecer toda a cidade, para a qual gostaria de retornar. Tínhamos outros planos para aquele momento. Partimos para Medellín, da qual falarei na próxima semana.
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